quarta-feira, 10 de setembro de 2008

FAZENDO SEU PRÓPRIO VINHO

Se deseja obter um excelente vinho, obtenha cerca de meio quilo ou um quilo de uvas rosas ou pretas maduras. Elas terão uma película esbranquiçada. Pela sua aparência, a maioria das pessoas concluem que se trata de inseticida. Não é, não. É um fermento natural, latente, que apenas espera o tempo propício para a fermentação do suco da uva. É o segredo do vinho natural. A pessoa talvez queira lavar as uvas, mas, não remova nem retire esta substância esbranquiçada, pelicular, ou semelhante ao pó.

Agora, retire as uvas do cacho, jogando fora quaisquer que não estejam maduras ou estejam estragadas. Se dispuser dum liqüidificador, liqüefaça as uvas nele por ligar o liqüidificador e imediatamente a desligar; faça isso várias vezes. Isto impede que se rompam as sementes. Se não dispuser dum liqüidificador, depois de lavar cabalmente as mãos, e certificar-se de que removeu todo o sabonete, esmiga-lhe as uvas numa grande bacia com sua mãos. Não adicione água, açúcar nem qualquer outro ingrediente.

Derrame a massa resultante — casca, sementes, polpa, sumo e tudo — numa garrafa de boca larga. Coloque um saco de plástico sobre a boca da garrafa prenda-o firmemente ao gargalo por meio dum elástico. Coloque a garrafa onde a temperatura permaneça entre 15,5 grau, e 26,6 graus centígrados, 23,8 graus C sendo a mais favorável.

Daí, espere. Deixe que sigam seu curso os notáveis processos que o Criador implantou nas coisas naturais. Por certo achará fascinante examinar a garrafa de vez em quando, e dar uma cheirada ao redor dela, para observar as mudanças ocorridas.

Com o tempo, começam a formar-se bolhas que, gradualmente, irão chegar à superfície da massa. Esse gás abrirá passagem pela vedação presa com um elástico e bafejará suas narinas com delicioso aroma — no devido tempo. As bolhas são evidência da fermentação. O sumo assumirá gradualmente sua cor caraterística. Talvez se forme, na superfície da massa, uma substância esbranquiçada. Não se preocupe com ela. Tudo está bem.

Depois de duas semanas, devia cessar a formação de bolhas. Agora pode abrir a garrafa e derramar o sumo numa grande bacia, filtrando-o por meio dum pano limpo. Esprema da massa o restante do líquido filtrado pelo pano. Agora coloque o vinho numa garrafa. Ainda será denso e conterá partículas. No entanto, poderia ser usado nessa ocasião, se necessário; assim, prove-o. É bom? Melhorará com o envelhecimento.

Assim, ponha de lado a garrafa bem fechada. Quanto mais envelhecer, tanto mais as partículas se depositarão em seu fundo. Em um mês, o vinho deveria ter clareado consideravelmente. O sabor deve ter melhorado, e o vinho deve ter boa aparência. Mas, tome cuidado; se o vinho continuar a fermentar, a garrafa talvez estoure.

O vinho está pronto para ser então escoado por meio dum sifão para outra garrafa, o meio mais fácil de não passar a borra para outra garrafa. No entanto, pode-se fazer isso quase tão bem por derramar o líquido com cuidado. Este vinho feito em casa, um vinho seco, é conservado melhor sob refrigeração. Se não dispuser dum refrigerador, certifique-se de selar bem a garrafa.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

UNIVERSITÁRIOS DE DIAMANTINA VISITAM A SERRA DO CIPÓ E PARTICIPAM DE DEGUSTAÇÃO DE VINHOS (01/07/2008)

Era pra ser um trabalho de campo da faculdade, onde se conhece a região, os meios de hospedagem, alimentação e a estrutura turística. Mas o fim de semana, para os estudantes da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) foi mais que especial. Eles tiveram a oportunidade de participar do II Festival de Vinhos na Serra do Cipó e experimentar o último fim de semana do evento, que trouxe grade crescimento no turismo da região. Ao todo, são quatro municípios participantes, Itabira, Jaboticatubas, Conceição do Mato Dentro e Santana do Riacho (distrito da Serra do Cipó).

A degustação, realizada na charmosa pizzaria Santa Pizza foi promovida pela importadora Premium e contou com palestra e vinhos do novo mundo.
Os estudantes receberam dicas sobre harmonização, produção e história, além de degustar e apreciar características de vinhos internacionais, muitos deles oriundos de diversos países, como Nova Zelândia, Chile, Argentina.
O Circuito Serra do Cipó, associação que organizou o evento, propôs uma série de apresentações e eventos, a fim de fomentar o turismo nesta época do ano, que é considerada de baixa temporada. Os resultados foram impressionantes, com crescimentos de aproximadamente 60% na ocupação da rede hoteleira, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a estudante Grasielle Santos, moradora de Diamantina, o Festival de Vinhos trouxe mais uma opção para os turistas: "é um evento bastante louvável, pois há toda uma beleza natural que envolve a região da Serra do Cipó e o frio favorece muito. A questão cultural, com apresentações e degustação de vinhos tem tudo para criar um novo potencial turístico desta região".

VINHO CHILENO INVADE MERCADO BRASILEIRO


Queda do dólar incentiva vendas da bebida produzida no país sul-americano, que já responde por 33% do mercado brasileiro. Argentina vem logo atrás, com 27% do total

Os incentivos para exportação, especialmente aos participantes do Mercosul, está renovando de forma decisiva o fôlego de produtores de vinhos finos chilenos e argentinos. Juntos, os dois países já respondem por 60% do mercado nacional, dominam as gôndolas de supermercados e casas especializadas. No país, que aos poucos aprende a apreciar a bebida, 73% dos vinhos finos, branco, tinto e rosé são importados e 27% estão divididos entre os produtores nacionais. Em 2008, vinicultores irão reforçar campanhas para divulgar e popularizar no Brasil o consumo da bebida milenar, ainda muito tímido se comparado a números europeus e também sul-americanos.

Em 2007, a queda do dólar impulsionou as importações especialmente do Chile, país que mantém suas vendas em escala ascendente já respondendo por 33% do mercado brasileiro. De acordo com dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) a Argentina vem logo atrás com números expressivos, 27%. Os europeus dividem a terceira, quarta e quinta colocação, Itália, 15%, Portugal, 12%, e França, 5%. No Brasil, 20% dos vinhos consumidos são finos, 80% correspondem a bebida comum. Os brasileiros beberam aproximadamente 70 milhões de litros do produto no ano passado. Importadores estimam que o crescimento do comércio com o país andino e a Argentina cresceu 12% em relação a 2006.

Enfrentar a competição dos importados está cada vez mais difícil para os vinicultores brasileiros. De acordo com produtores, as explicações para a invasão dos chilenos e argentinos está na carga tributária menor, no grande volume da produção e no baixo custo do processo produtivo. Eles apostam que o grande trunfo para a bebida nacional está no aumento do consumo, que ampliaria a produção.

A intenção é tornar o vinho bebida comum, em todas as suas formas e preços, das classes C, D e E, grandes consumidoras de cerveja e aguardente. Como explica o diretor de Marketing da Uvibra, José Alberici Filho, enquanto países da América do Sul consomem 30 litros de vinho por habitante e europeus chegam a consumir 60 litros, o Brasil consome apenas cerca de 2 litros. O crescimento tem sido lento, mas uma evolução de alguns pontos no consumo foi notada nos últimos cinco anos, animando a produção nacional, que sai do Sul e ganha as demais regiões do país. “O vinho ainda tem um rico mercado para explorar e muito a crescer, desde a bebida de jarra até o produto sofisticado”, observa Alberici.

Thiago Henrique Meneses, gerente da Casa Rio Verde, especializada em vinhos, confirma que a bebida chilena é a mais vendida, seguida pelos rótulos argentinos. “Observo que, de um modo geral, o brasileiro está bebendo mais vinho, o que aumenta o consumo também de nacionais e europeus”, comenta.

Os rótulos sul-americanos, especialmente aqueles com preços entre R$ 15 e R$ 40, foram destaque de vendas no ano passado. De acordo com Frederico Martini, proprietário da Domus Importação Exportação & Consultoria , três fatores dão aos importados preços competitivos: o frete, a redução de impostos do Mercosul e a redução do custo do seguro. “Enquanto o frete de um contêiner da Europa custa U$ 800, por exemplo, o frete da América do Sul fica entre U$ 300 e U$ 400, o que reduz também o valor do seguro.”

Na opinião do importador, 2007 foi o ano da bebida sul-americana. “Enquanto importamos seis contêineres argentinos e chilenos, estamos comprando um francês”, afirma. Para o diretor de Marketing da Uvibra, a competição tem seu lado positivo: “A produção de vinho nacional já se expande além das fronteiras do Sul”.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

APRENDENDO A DEGUSTAR VINHOS

BENEFÍCIOS DO VINHO

Recentemente estudos vêm demonstrando que o vinho tinto reduz o risco de doenças cardíacas, protege contra disfunções neurológicas, aumenta a longevidade, possui poder anti-cancerígeno e pode até proteger fumantes contra os efeitos danosos do cigarro, seja um raro “Chateau Petrus” ou uma versão barata de mesa.

Demonstrou-se recentemente que o consumo moderado de etanol produz efeito cardioprotetor, principalmente pelo aumento nos níveis de HDL (high density lipoprotein) colesterol, fator de risco negativo para doenças cardiovasculares.

O efeito protetor de níveis sangüíneos elevados de HDL colesterol, está associado com a habilidade dessas lipoproteínas, em remover o excesso de colesterol do plasma sangüíneo até o fígado, para serem sintetizados em suco biliar e posteriormente eliminados do organismo.

Ocorre que o professor Roger Corder e sua equipe, do Instituto de Pesquisa William Harvey, em St Bartholomew e da Universidade de Londres, descobriram que o vinho tinto, além de conter etanol, é rico em polifenóis ou compostos fenólicos, que estão presentes nas cascas e nas sementes das uvas vermelhas e comprovadamente possuem atividade antioxidante.

No processamento de vinhos brancos, não há contato direto com a casca da uva, o que justifica a escolha pelo vinho tinto.

Os polifenóís trabalham sobre a produção de uma proteína, a endotelina-1, associada a doenças cardíacas, principal causa de morte em muitos países ocidentais. Os extratos de vinho tinto de fato inibem a síntese de endotelina-1, que faz com que os vasos sangüíneos se contraiam.

Além disso, os polifenóis também inibem a formação de óxidos de colesterol, produtos da oxidação de LDL, um dos principais fatores desencadeantes da aterogênese.

A agregação plaquetária, outro importante fator de risco para coronariopatias, é inibida pelo resveratrol e pelos flavonóides quercetina e catequina, compostos fenólicos presentes em vinhos tintos.

Outro estudo conduzido pelo doutor John Lekakis e seus colegas do Hospital da Universidade de Alexandra na Grécia, indica que a ingestão de vinho tinto diminui os danos arteriais causados pelo tabagismo.

Um total de 16 voluntários fumaram um cigarro antes de fazer um teste para medir o desempenho de suas artérias confirmando estudos anteriores, que mostram que fumar um cigarro reduz, durante uma hora, a habilidade das artérias de transportar sangue pelo corpo.

Eles foram testados de novo após beberem dois cálices de vinho tinto e fumarem um cigarro, e novamente depois de beberem dois copos de vinho não-alcoólico e fumarem um cigarro. Entretanto, os efeitos negativos não foram constatados quando os voluntários beberam vinho tinto – alcoólico ou não-alcoólico – enquanto fumavam, indicando que um ingrediente presente no vinho tinto, que não é o álcool, seria o responsável pelo efeito protetor.

Entretanto os pesquisadores ressaltam que o consumo regular de vinho tinto não prova atenuar os danos promovidos pelo consumo crônico do fumo e também que não é nada sensato tomar dois copos de vinho tinto para cada cigarro que se fuma!

Muitos especialistas estão nesse momento tentando isolar os principais ingredientes presentes no vinho tinto, e com isso, eles esperam desenvolver drogas que protejam o organismo contra doenças cardíacas e o câncer, e que possam até prolongar a vida. Os dados preliminares indicam que as perspectivas são bastante promissoras.

Para culturistas essa bebida pode ser um grande adendo dietético. Ocorre que o etanol estimula a produção de óxido nítrico, um potente vasodilatador. Por isso é muito comum entre culturistas, a prática de ingerir um cálice de vinho tinto logo antes de subir ao palco.

O uso do vinho tinto principalmente pelo seu efeito cardio-protetor, é muito válido para aqueles indivíduos insistentes quanto ao uso de esteróides anabólicos, pois com o uso destas drogas, observa-se uma diminuição bastante acentuada nos níveis de HDL colesterol.

Entretanto, o uso regular de vinho tinto ou de qualquer outro alimento com propriedades funcionais, não exclui os riscos que estes fármacos expõem seus usuários.

De acordo com diversos especialistas, parece que o consumo de uma ou duas taças de vinho tinto por dia, levando em conta uma boa absorção dos princípios ativos, seria bastante adequado.

Vale ressaltar que os efeitos acima mencionados são verificados quando realiza-se um consumo moderado de vinho tinto.

Uma ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, mesmo sendo por meio do vinho tinto, induz a inúmeros agravantes à saúde e não é indicada em hipótese alguma.centígrados, 23,8 graus C sendo a mais favorável.

domingo, 7 de setembro de 2008

VINHOS BRASILEIROS SÃO PREMIADOS NA HUNGRIA

Os vinhos e espumantes brasileiros continuam conquistando prêmios em concursos internacionais. Desta vez foi no VinAgora International Wine Competition 2008, realizado de 4 a 6 de julho em Budapeste na Hungria, reunindo 554 amostras. O concurso tem a patronagem da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) e da União Internacional de Enólogos (UIOE), sendo também um sócio ativo da Federação Mundial dos grandes concursos internacionais de vinhos e licores (VINOFED).

PREMIAÇÕES

Medalha de Ouro


Casa Valduga Cabernet Sauvignon Premium 2005 - Casa Valduga Vinhos Finos

Medalha de Prata

Courmayeur Espumante Moscatel 2008 - Vinícola Courmayeur
Miolo Cuvée Giuseppe 2004 - Vinícola Miolo

HISTÓRIA DO VINHO

Não se sabe exatamente quando e nem quem pode degustar da reação mágica e química que é o vinho.

Existem registros de 7.000 anos antes da era cristã de que o Homem já havia provado do resultado da fermentação de uvas maduras. A Bíblia faz menção a Noé, que teria plantado uma vinha, colhido a uva, feito o vinho e embriagado-se. (Gênesis cap.9 versículo. 20 a 21) Trata também os textos sagrados do primeiro milagre público de Jesus de Nazaré nas Núpcias de Caná na Galiléia, onde Ele transforma água em vinho, e que figura nos textos do evangelho como sendo o “melhor vinho”, já aparecendo nesta época sinais de tratos à vinhos de melhor qualidade. (Evangelho de São João cap. 2, versículo de 1 a 10)

Entre os gregos, os fenícios os romanos o vinho esteve presente em todas estas culturas desde quando se tem registros na história, sendo que a ciência moderna com o advento do carbono 14 pode registrar sementes de vinhas datadas de 7.000 a 5.000 anos antes de Cristo.

Mas foi a partir do século XIX e com uma enorme contribuição de Louis Pasteur que o vinho passou a ser cientificamente estudado. Foi a influência do cuidado humano que teve importância primordial na elaboração de néctares cada vez mais preciosos.

A partir do século XX novas técnicas de cuidado e advento de universidades especializadas em formar fazedores de vinho, contribuem para que cada vez mais esta bebida ora, sagrada, ora mística ora científica seja melhor elaborada e apreciada por admiradores em todo o mundo.

sábado, 6 de setembro de 2008

QUEIJOS E VINHOS

Foram os franceses (região de Provence) os primeiros que se tem conhecimento em apreciarem este fantástico casamento entre o queijo e o vinho. Obviamente alguns povos já o consumiam em suas mesas, porém foi mais especificamente na França que este hábito se tornou uma arte. "Para vender vinho, sirva queijo" era o ditado das vinículas francesas.

Perfeitos quando combinados corretamente ou um desastre gastronômico quando não, criou-se um mito sobre o assunto conforme atesta a especialista Joanna Simon, autora do livro "Vinho e Comida" (Companhia das Letras).
"A idéia de que vinho e queijo são pares perfeitos é mito. O queijo é um dos alimentos mais problemáticos para a combinação com o vinho", resume a especialista em enogastronomia (arte de combinar comida e vinho).

A dificuldade na combinação provém das características conflitantes entre os dois alimentos. O queijo tem sabor forte e, em geral, é gorduroso. Além disso, é salgado e pode ser ácido. E, em alguns casos, como no do brie, apresenta uma textura que "reveste" a língua, dificultando a degustação.

Já os vinhos podem ficar mais amargos no contato com o sal e têm seu sabor recoberto, se não forem tão ácidos quanto o queijo.

Algumas parcerias, porém, superam o problema, seja por oposição de sabores, seja por aproximação. É o caso do salgado queijo roquefort com o doce vinho Sauternes ou do ácido chèvre com o também ácido vinho Sancerre.

Como essas são exceções, algumas regras gerais ajudam na escolha. Os vinhos brancos doces costumam fazer mais sucesso que os brancos secos. E os brancos secos se saem melhor que os tintos secos.

Quanto aos queijos, tipos menos picantes, como emmental, gruyère e gouda, costumam agradar a gregos e troianos. Em suma, um branco doce e queijos pouco condimentados funcionam bem.

Abaixo sugerimos algumas dicas de como organizar uma mesa corretamente, escolher os queijos e respectivos vinhos, calcular o consumo médio por pessoa, custos e principalmente...combinar estes dois produtos!


A Mesa

O primeiro passo é escolher ao menos 5 tipos diferentes de queijo, que devem ir do suave ao mais picante. Acomode-os em bandejas por toda a mesa, sem entretanto cortá-los ou fatiá-los. Disponibilize pratos, garfos e facas de sobremesa. Como sugestão para as variedades você poderia compor sua mesa com:

15% de queijos de mofo branco, como o Camembert, o Brie e o Chamois D'Or.

15% de queijos de mofo azul, como o Gorgonzola, o Chamois Bleu, o Crem'Azur e o Roquefort.

20% de queijos tipo suíços, como o Gruyère, o Fol Epi e o Maasdamer.

25% de queijos suaves, como o Gouda, o Itálico, o Saint Paulin, o Lou Palou e o Emmenthal.

15% de queijos de sabor forte, como o Port Salut, o Parmesão, o Chavroux, o Provolone, o Cheddar e o Limberger.

10% de queijos cremosos com sabores especiais, como o Rambol nas versões Saumon, Fines Herbes, Provençale, Noix e Poivre Vert.

Coloque os queijos sobre tábuas ou suportes de madeira e cada uma com sua faca, para não confundir aromas e sabores.

Maçã vermelha é ótima parceira para o queijo Brie, Já a maçã verde, ressalta o sabor do Camembert. As uvas dedo-de-dama combinam com todos os queijos. A pêra faz um ótimo contraponto com o Gorgonzola. E o salsão e a água são perfeitos para limpar o paladar entre um queijo e outro.
Evite provolone e o Parmesão, porque elas possuem sabores muito fortes que se sobrepõem aos demais.

Não se deve servir os queijos em cubinhos. Queijos pequenos, como camembert e brie, são servidos com o corte "insinuado", isto é, com o primeiro corte feito e a fatia próxima da fôrma. Evite cortar queijos diferentes com a mesma faca.
Mozarela, queijo prato e queijo de minas não são elegantes para festas que são de tábuas de queijo e vinhos, Queijos fortes como provolone e parmesão inibem o sabor dos vinhos.

Reserve também cestas com pães pequenos e diferentes (tipo italiano, alemão, francês, centeio, com nozes), sempre inteiros, e uma charcuterie com iguarias picantes, como alho, pimenta, cebola e manteigas com ingredientes do tipo anchovas e caviar. Galheteiros com páprica, cominho e pó de alho também são bem-vindos.

Para ser criativo você pode fazer bandeirolas dos países em palitos para identificar os queijos na tábua.

A regra clássica

A harmonização de queijos e vinhos é tradicional e, por ser um produto isolado, sua combinação pode parecer mais fácil. Mas não se engane, principalmente quanto aos queijos fortes, que geralmente matam os vinhos. Vamos nos ater a certas regrinhas básicas, e aos princípios das combinações, que seguem textura e sabor:


Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo), mais tânico pode ser o vinho. As uvas são suficientemente robustas para não perder a estrutura.


Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve conter.


Vinhos doces ou generosos (tais como Sauternes, Porto ou Madeira) acompanham bem os queijos azuis, pois equilibram a pungência destes: o Roquefort cai bem com Sauternes, o inglês Stilton faz combinação clássica com o Porto e o gorgonzola combina com tintos potentes.


Queijos frescos e sem casca, como os cremosos, o mascarpone ou a mozarela pedem vinhos brancos leves (Riesling ou Chardonnay), rosés ou tintos jovens e frescos, como o Beaujolais francês e o italiano Bardolino.


Vinhos tintos de classe e mesmo brancos parecem insinuar sua adequação com queijos macios, de casca rica, como Cammembert, Brie e Gouda, desde que não muito curados.


Os queijos mais suaves, do tipo Emmenthal e Gruyère, aceitam vinhos tintos pouco tânicos, suaves.


Vinhos brancos leves e aromáticos combinam com queijos de massa mole, tais como os frescos de cabra e a ricota. Você pode combiná-los com um Chardonnay, por exemplo.

TIPOS DE UVAS

Uvas para vinhos tintos

Aglianico - apresenta grande concentração de taninos e acidez, própria para envelhecimento. Encontrada no Sul da Itália, principalmente em rótulos de Campania e Basilicata.
País: Itália.

Alicante Bouschet (garnacha tintorera) - Fruto do cruzamento da grenache com petit verdot realizado pelo francês Luis Bouschet de Bernard e seu filho Henri em 1866, esta variedade é mais indicada quando misturada a outras uvas. Em Portugal, na região do Alentejo, é uma importante uva na composição de certos vinhos, onde dá um dá aromas de menta e eucalipto. Confere longevidade e cor ao vinho.
Países: França, Portugal (Alentejo) e Espanha

Baga - É a principal uva da região portuguesa da Bairrada e produz vinhos bastante adstringentes. Mas bons produtores, como Luis Pato, vinificam exemplares refinados e ricos de aroma e sabor.
País: Portugal (Bairrada)

Barbera - A mais popular da uvas do Piemonte, norte da Itália é ao lado da sangiovese a variedade mais cultivada do país. Dá tantos vinhos leves do dia-a-dia como exemplares escuros e frutados, com alta acidez e concentração e boa capacidade de envelhecimento.
Países: Itália (Piemonte), Estados Unidos (Califórnia) e Argentina.

Bonarda - outra variedade típica do Piemonte, na Itália. Seu nome completo é Bonarda Piemontese. Produz vinhos leves, frutados, melhor quando bebidos jovens. Também foi muito utilizada na Argentina para produção de vinhos do dia-a-dia para consumo interno.
Países: Itália e Argentina

Cabernet Franc - terceira uva tinta mais importante de Bordeaux (Pommerol e Saint Emilion), é mais leve e com menos taninos que a cabernet sauvignon e amadurece mais cedo. É muito usada no corte com outras uvas. Na região do Loire dá vinhos mais herbáceos, onde é conhecida como Breton. É a uva principal do insensado e caro Château Cheval Blanc.
Países: França (Bordeuax, Loire), Argentina, Austrália, Estados Unidos (Califórnia) e Nova Zelândia

Cabernet Sauvignon - A mais clássica e conhecida das variedades de vitis vinífera, base do corte usado nos grandes vinhos de Bordeaux (Latour, Mouton-Rothshild, Lafite, Latour, Margoux etc). É uva mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Tem amadurecimento tardio e produz tintos secos de semi-incorpados a incorpados; tânico quando jovem, garante um melhor envelhecimento da bebida na garrafa e a passagem pelo barril de carvalho pode aparar suas arestas. Tem um amplo espectro de aromas: frutas vermelhas, café, chocolate geléia e tabaco, quando envelhecidos. No Chile tem uma característica mais mentolada. Enriquece quando misturada à merlot, cabernet franc, shiraz, petit verdot ou malbec. Na Austrália geralmente é mesclado ao shiraz. Produz os melhores tintos do Brasil e do Chile.
Países: França (Bordeaux), Estados Unidos (Califórnia), Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, Itália e Brasil.

Carignan (cariñena, mazuelo) - originária do norte da Espanha é das espécies mais cultivadas na França, particularmente na região de Languedoc-Roussillon. Normalmente é misturada com a grenache e a cinsault, e resulta em vinhos mais comuns, de mesa, de cor escura e forte teor de álcool.
Países: França (Languedoc-Roussillon), Espanha, Estados Unidos (Califórnia)

Carmenère - originária de Bordeaux, hoje é uma uva praticamente só cultivada no Chile, onde não se adaptou melhor do que na França. Até a década de 90 era confundida com a merlot - um exame de DNA esclareceu a confusão. É usada tanto para vinhos de corte como em varietais chilenos. É mais escura que a merlot e de taninos macios.
País: Chile

Cinsault (espagne, hermitage, malaga) - cepa encontrada principalmente na região de Languedoc-Roussilon, na França. Ali é associada à grenache e à carignan, e produz bebidas leves e pouco aromáticas. Na região do Rhone, a mesma uva com melhores cuidados produz vinhos mais concentrados e aromáticos. No Líbano, é responsável pelo emblemático Château Musar.
Países: França, Espanha, África do Sul e Líbano

Dolcetto - uva italiana que apesar do nome não é doce. Vinificadas resultam em rótulos suaves do Piemonte, próprio para o dia-a-dia, com alta acidez e que devem ser bebidos ainda jovens. Na região do Piemonte, melhor tratada, a uva é envelhecida em barris de carvalho e resulta em líquidos mais ricos e complexos.
País: Itália, Arrentina e Austrália

Gamay - É a uva usada na produção do Beaujolais, um vinho mais leve, produzido nesta região da Borgonha, para ser bebido bem jovem. Os rótulos mais conhecidos são de Beaujolais Noveau, que são lançados todo mês novembro. Mas há rótulos de maior qualidade, com capacidade de envelhecimento, os chamados Cru Beaujolais. Os aromas de morango, cereja e banana são característicos do vinho produzido com a uva gammay.
País: França (Borgonha)

Grenache (garnacha) - Apesar de ser uma uva muito cultivada no mundo é pouco vista em rótulos de garrafas pois é usualmente misturada. É presença fundamental do renomado Châteauneuf-du-Pape e na maioria dos vinhos do Rhône.
Países: França (Rhône), Espanha, Austrália, Itália e Estados Unidos.

Lambrusco - Uva tinta cultivada em toda a Itália, em especial na região da Emilia-Romana. Há mais de sessenta subvariedades conhecidas. Apesar de também produzir bons vinhos de denominação de origem, é mais conhecida no Brasil pelos vinhos frisantes, semi-doces e baixo teor alcoólico e que devem ser bebidos jovens.
País: Itália

Malbec - originária de Bordeaux, onde é muito tânica, e usada somente misturada a outras cepas, esta uva se tornou emblemática na Argentina, onde é responsável pelos melhores vinhos tintos produzidos no país, de cor escura, denso e aromas florais. Começa a render alguns rótulos no Chile também.
Países: França, Argentina e Chile

Merlot - Similar à cabernet sauvignon, entretanto mais suave, tem sabor mais macio, menos tanino e aromas mais frutados. Tem uma maturação mais fácil e rápida que sua parceira cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta. Base de grandes vinhos do Pomerol, como o famoso Château Petrus. Na Califórnia, nos Estados Unidos, também rendeu grandes exemplares. Também muito usado no Novo Mundo e plantada em várias partes do planeta onde se faz vinho.
Países: França (Bordeaux), Norte da Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil.

Montepulciano - Variedade cultivada por toda Itália, com maior destaque na região central. Produz vinhos mais rústicos e é muito usada junto à sangiovese. Não deve ser confundida com a cidade da região da Toscana de mesmo nome, que produz o famoso Vino Nobil di Montepulciano, que aliás é feito a partir da uva sangiovese.
País: Itália

Mourvèdre (monastrell e mataro) - Uva típica do Sul da França, mas também muito cultivada na Espanha. É um pouco tânica e tem um toque animal. Geralmente é misturada a outras uvas, como shyrah, grenache e cinsault. Ajuda a dar cor e estrutura ao vinho. Bastante utilizada na Provence, na França, e na Rioja e Penedès, na Espanha.
Países: França, Espanha e Austrália

Nebbiolo - Nebbia em italiano significa névoa, uma característica do clima da região onde esta variedade é cultivada, nos montes de Alba e Monforte. Resulta no nome da uva que produz os melhores e mais valorizados tintos italianos: Barolo e o Barbaresco. São bebidas intensas, frutadas, bastante tânicas, de aromas complexos (florais, frutas, trufas e até piche!) e com alta acidez, o que torna obrigatório o envelhecimento em barris de carvalho para aparar as arestas. Melhora com os anos e acompanhado de um prato de comida mais forte.
País: Itália

Nero d'Avola - Cepa típica da região de Sícilia, no Sul da Itália. Produz vinhos de qualidade, escuros, densos e com potencial de envelhecimento.
País: Itália

Periquita (castelão português, castelão francês) - plantada no sul de Portugal, dá vinhos de boa estrutura, que envelhecem bem; é também a marca do popular tinto lusitano mais exportado para o Brasil.
País: Portugal

Petit verdot - Variedade típica da região de Bordeaux, na França. Dá sabor, cor e taninos ao corte bordalês.
País: França (Bordeaux)

Pinot Noir (pinot nero) - Uva típica da Borgonha, produz os vinhos mais admirados pelos enólogos e enófilos do mundo. Sua qualidade está ligada diretamente ao terroir onde está plantada. É uma uva de difícil de cultivar e vinificar e pode gerar tanto tintos inexpressivos como muito complexos. São vinhos de coloração clara para média com relativo baixo tanino e acidez. Os grandes pinot noirs têm aroma intenso, complexo e sensual, e evoluem muito bem na garrafa. Os exemplos mais clássicos são os renomados (e caros) vinhos de Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeat e outros tantos da Borgonha. Menos feliz em outras regiões do mundo, tem apresentado algum sucesso no Chile com preços bem mais acessíveis. A pinot noir também faz parte da receita que compõem os vinhos da Champagne.
Países: França (Borgonha, Champagne), Chile, Itália, África do Sul.

Pinotage - uva criada da África do Sul, surgida em 1920, do cruzamento entre a pinot noir e a cinsaut realiazada pelo professor Perald. Pode resultar num vinho muito frutado (banana, frutas vermelhas) e capaz de envelhecer bem em barris de carvalho. Os exemplares mais simples lembram borracha queimada e são muito rústicos.
País: África do Sul

Sangiovese - trata-se da variedade mais plantada na Itália, é a base dos grandes vinhos da Toscana - Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobilo de Montpulciano. O nome significa o sangue de Júpiter. É uma cepa de amadurecimento tardio, bem ácida, tânica e frutada.
Países: Itália, Estados Unidos e Argentina

Syrah/Shiraz - Uva do Rhone, na França, que resulta vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos e na boca evocam frutas vermelhas (amoras). Na Austrália, com o nome de Shiraz, dá exemplares tânicos, apimentado e de boa maturação. É responsável pelos grandes rótulos deste país
Países: França (Rhône), Austrália, África do Sul e Argentina

Tannat (mandiran) - uva do sudoeste da França, hoje é a variedade emblemática do Uruguai, altamente tânica e com perfume de amora e framboesa. Bons produtores têm domado o tannat no Uruguai e bons rótulos têm surgido no mercado
Países: Uurguai e França.

Tempranillo (tinto fino, cencibel, tinta roriz aragonês) - A mais importante uva de qualidade da Espanha, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Usualmente misturada à garnacha e mazuelo. Dá um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho que lhe confere aromas de tabaco.
Países: Espanha, Portugal e Argentina

Touriga francesa - mais leve que a touriga nacional, também é parte da receita do vinho do Porto. Usado ainda em tintos secos de mesa da região do Porto.
País: Portugal

Touriga Nacional - uva autócne superior, presente em vinhos portugueses; encorpado, de cor forte, sabor intenso e muito tânico é típico da região do Douro. Usada na receita do vinho do Porto, também é uma uva que produz varietais com muita tipicidade.
Países: Portugal e Austrália

Zinfandel (primitivo) - Produz tintos secos com muito colorido e frutado, com notas de pimenta e sabor que lembra groselha preta. Uva característica dos vinhos da Califórnia, apesar de ser originária do sul da Itália, onde tem o nome de primitivo.
Países: Estados Unidos (Califórnia), Itália
Fonte: Veja São Paulo


Uvas para vinhos brancos

Segundo estudiosos há 24.000 nomes para as mais de 3.000 variedades de uvas viníferas. Destas 150 são plantadas comercialmente em quantidades mais significativas. A lista abaixo descreve as cepas mais conhecidas que produzem os vinhos encontrados no Brasil.

Alvarinho (ou Albariño, na Espanha) - responsável pela produção na região do Minho, em Portugal, do vinho verde, que tem este nome pois deve ser tomado ainda jovem, isto é "verde". É uma uva que confere boa acidez, aroma e certa efervescência ao vinho.
Países: Portugal (vinho verde), Espanha

Chardonnay - Uva branca fácil de cultivar e vinificar. Está espalhada em todo o mundo. É usada na produção de clássicos de alta qualidade e reputação na Borgonha, como Chablis, Montrachet e Poully-Fussé, além de ser um importante ingrediente do campanhe. Por não ser uma uva aromática, a passagem pelo barril de carvalho lhe confere maior complexidade em algumas regiões, principalmente do Novo Mundo, onde mostra um toque amanteigado e tostado.
Países: França (Borgonha), Estados Unidos (Califórnia), Austrália, Nova Zelândia, Chile, África do Sul, Argentina, Brasil

Chenin Blanc (steen) - variedade do Loire central, na França, de aroma floral, dá vinhos secos ou doces - neste caso, quando são atacadas pela podridão nobre, que lhes confere maior teor de açúcar.
Países: França (Loire), EUA, África do Sul (conhecida como steen), Austrália e Nova Zelândia.

Clairette (clairette blanc) - uva branca cultivada no sul da França. É uma das variedades autorizadas no vinho tinto Châteauneuf-du-pape e brancos Côtes-du-Rhone. Na Austrália é conhecida como blanquette.
Países: França e Austrália

Furmint - os renomados grandes vinhos doces Tokay, da Hungria, são feitos desta variedade. Sua fina casca facilita a ação do fungo Botrytis cinerea, que aumenta o teor de açúcar à uva.
Países: Hungria, Eslováquia, Croácia e Romênia

Gewürztraminer - Em alemão significa "especiarias". Produz vinhos brancos ricos, de cor amarelo-ouro e aroma intenso (rosas, canela e gengibre). Encontrou seu melhor solo na região francesa da Alsácia, mas também é encontrada na Alemanha e outras regiões de clima frio.
Países: França (Alsácia), Alemanha, Itália, Chile, África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia.

Malvasia - das mais antigas uvas brancas que se conhece (cerca de 2.000 anos). Apesar de produzir vinhos secos no sul da Itália, se notabilizou pelo vinho fortificado que produz em Portugal (Madeira)
Países: Portugal, Itália e Espanha.

Muscadelle - típica variedade de Bordeaux, na França, usada principalmente para vinhos doces produzidos em Barsac e Sauternes. Como é muito aromático, é usado em pequenas quantidades quando misturados a vinhos doces baseados das uvas sémillon e sauvignon blanc.
País: França

Muscat (Moscato e Moscatel) - plantada no mundo todo é própria de vinhos doces perfumados. É a única uva vinífera que preserva os aromas de uva no vinho e talvez uma das espécies mais antigas ainda cultivadas. Usada para vinhos secos na Alsásia e para espumantes do tipo Asti Espumante e Moscato Bianco.
Países: França (Alasácia), Portugal, Espanha e Itália

Palomino - principal uva do vinho fortificado do Sul da Espanha, xerez.
Países: Espanha, Estados Unidos e Austrália

Pedro Ximenez - outra variedade do sul da Espanha utilizada nos vinhos fortificados xerez, como o Olorosso.
País: Espanha

Pinot Blanc (pinot bianco) - esta uva dá vinhos leves, secos, frutados, para beber jovem, principalmente aqueles produzidos na Itália. Original da Borgonha, na França sua base é a Alsácia.
Países: França (Alsácia), Itália, Áustria e EUA

Pinot Gris (tokay d'Alsace, pinot grigio) - da família pinot noir, resulta em vinhos brancos leves, jovens e secos na Itália e mais ricos e perfumados, na região francesa da Alsácia.
Países: França (Alsácia), Itália, Alemanha, Hungria e Nova Zelândia

Prosecco - encontrada na região de Vêneto, na Itália, é responsável pela produção de espumantes frescos, frutados, com pouco acidez e paladar. Não se trata, portanto, de uma região, como muita gente pensa, mas de uma uva, usada por este espumante que se difundiu por todo o mundo.
Países: Itália, Brasil

Riesling - Junto com a Chardonnay é considerada a melhor uva branca do mundo. Produz vinhos com acidez elevada e teor alcoólico baixo (8ºC). Os melhores riesling são encontrados na Alemanha e produz vinhos de grande qualidade que é metido pelo seu teor de açúcar. Aromas delicados e florais.
Países: Alemanha, Áustria, Austrália, Nova Zelândia, França (Alsácia) e EUA.

Sauvignon Blanc - Tem acidez aguda, fresco, aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Mantém a limpidez pois raramente fica impregnada de carvalho. Na França, alcança melhores resultados em rótulos da região do Loire. É misturada com Sémillon em Bordeaux. Também é parte da composição dos vinhos doces de Sauternes e Barsac. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho.
Países: França (Loire, Bordeaux), Nova Zelândia, Chile, Áustria e África do Sul.

Sémillon - Tanto vinhos brancos secos de Bourdeaux como vinhos doces da região de Sauternes, na França, usam esta variedade (como o Château D'Yquem, 4/5 de sémillon e 1/5 de sauvignon blanc). Varia sua característica de acordo com a região que é cultivada: aromas cítricos e adocicado em Bordeaux e amanteigado e com grande potencial de envelhecimento na Austrália
Países: França (Bordeaux), Austrália Nova Zelândia, África do Sul, EUA

Tocai (friulano) - variedade branca cultivada na região italiana de Friuli-Veneza, que produz vinhos encorpados e elegantes. Não há qualquer relação da uva Tocai com os renomados vinhos húngaros doces Tokay (produzidos com a cepa furmint. Ver verbete acima).
País: Itália

Trebbiano - Produz vinhos brancos mais comuns e sem personalidade na Itália. É plantada extensivamente em todo o país. Usada no corte com outras uvas para a composição de vinhos. Com o nome de ugni blanc e saint-émilion é muito usada na produção de conhaque e armagnac, na França.
Países: Itália, França, África do Sul e Austrália

Viognier - uva que produz vinhos brancos secos e com toques florais, bastante perfumado. De origem francesa, vem sendo redescoberta nos últimos anos. Produz vinhos muito ricos e refrescantes, para serem bebidos jovens.
Países: França, Austrália, África do Sul e Argentina

Fonte: Veja São Paulo